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Política

 

Flávio Bolsonaro usa o ‘Roda Viva’ para defender Musk e, sem provas, atacar o TSE

 

O senador Flávio Bolsonaro usou parte do seu tempo de entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, para defender o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), incluído recentemente no Inquérito das Milícias Digitais após proferir ataques ao judiciário brasileiro. O político também advogou pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e fez novos ataques ao Tribunal Superior Eleitoral. A entrevista foi ao ar na noite desta segunda-feira 08/04/2004.

 

Sobre Musk, Flávio disse não considerar que o empresário cometeu crimes ao atacar o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre de Moraes em publicações. Musk também não teria cometido crimes, segundo o senador, ao ameaçar não cumprir decisões judiciais, fato que o levou para o centro do inquérito no final de semana. De acordo com o político, o dono do X teria feito apenas uma pergunta. As próprias publicações de Musk, no entanto, confrontam a versão de Flávio.

 

“O que começa errado vai terminar errado. Isso não é com o Elon Musk, está acontecendo há mais de cinco anos com um inquérito totalmente ilegal, inconstitucional e imoral, aberto de ofício pelo Supremo Tribunal Federal para investigar determinada sitação, deslocando o foro de qualquer cidadão brasileiro para o Supremo, contra o que diz a Constituição”, iniciou o senador, com os primeiros ataques ao Judiciário brasileiro.

 

“É obvio que ao longo do tempo isso vai criando uma série de contratempos, ilegalidades e de arbitrariedades. Tudo que acontece hoje no Brasil na internet automaticamente é puxado para esse grande buraco negro que é esse inquérito das fake news, que se ramificou [em] vários outros inquéritos, como esse das milícias digitais”, completou.

 

Mais adiante, insistiu: “Um cidadão americano, uma empresa privada, do meu ponto de vista, não cometeu crime nenhum, apenas falou, se posicionou, fez uma pergunta ao ministro que usa a rede social dele. O Elon Musk não tem foro por prerrogativa de função, está tudo errado. O ministro toma mais uma vez uma decisão monocrática, antes que qualquer ato fosse cometido, já incluindo Musk no inquérito”.

 

O senado aproveitou a resposta sobre Musk para também ecoar críticas ao ministro do Supremo. Sobre Moraes, disse que o magistrado tem “postura exagerada, ilegal e contraditória” e que isso leva o Supremo a se envolver em “assuntos que ele não deveria estar se envolvendo”.

 

Apesar das críticas, Flávio disse não acreditar que a destituição de Moraes, como defendeu Musk no final de semana, seja a saída da situação.

 

“Eu sou sempre pelo diálogo, não considero que um impeachment de um ministro seja a solução do Brasil”, destacou. “Não acho que pedir impeachment de ministro do STF seja o mais adequado. Defendo autorregulação do Supremo. E essa é uma ótima oportunidade".

 

OPINIÃO DO WEBMASTER

... “assuntos que ele [o STF] não deveria estar se envolvendo” ... Como afirmou Flávio Bolsonaro são aqueles que o Congresso Nacional já deveria ter discutido e definido em Lei há muito tempo!

Se o STF se envolve... é por culpa da omissão do Congresso Nacional! (nossos legisladores inoperantes que não cumprem as obrigações e os deveres do cargo para o qual foram eleitos democraticamente)

É aceitável o debate de ideias! (Mas não é aceitável o MASSACRE dos direitistas reacionários que querem destruir a DEMOCRACIA)


 

Bolsonaro e ataques ao TSE.

Leia mais: em https://www.cartacapital.com.br/politica/flavio-bolsonaro-usa-roda-viva-para-defender-musk-e-sem-provas-atacar-o-tse/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos

FONTE: Texto originalmente publicado em
https://www.cartacapital.com.br/politica/flavio-bolsonaro-usa-roda-viva-para-defender-musk-e-sem-provas-atacar-o-tse/

Palavras chave: Cinismo, desrespeito aos eleitores, pensamento, sistema político, filosofia política

O QUE DISSE A CARTA CAPITAL:

Na noite da última segunda-feira 08/04/2024, a TV Cultura, estatal paulista sob a gestão do governo Tarcísio de Freitas, e que enfrenta uma notória queda de audiência, colocou em destaque no tradicional Roda Viva o senador Flávio Bolsonaro.
Foram quase duas horas de mentiras e ataques. Em sua participação, Flávio não apenas empenhou-se em uma defesa articulada do clã Bolsonaro, mas também lançou ataques ao Tribunal Superior Eleitoral e defendeu Elon Musk, alçado a protagonista da contenda extrema-direta x STF. Sua ida ao programa exige uma reflexão: até que ponto é justificável que uma plataforma pública abra espaço para figuras que, notoriamente, têm se posicionado a favor de demandas que contrariam os pilares da democracia?
A jornalista Vera Magalhães, apresentadora do Roda Viva, enfatizou que o programa se destina a "falar por todos e para todos" reinterando o compromisso do jornalismo em ser crítico, questionador, apartidário, independente e defensor da democracia. Este ideal, contudo, parece estar sendo inadvertidamente manipulado, sob a capa da diversidade de opiniões, para minar a democracia sobre [sob] a qual o próprio jornalismo se fundamenta.
Continua...

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PERGUNTAS:

1 - O território da "livre expessão" é um território livre e fora do alcance das Leis, dos códigos de conduta e dos princípios do "convívio em sociedade" de que tanto necessitamos?
2 - Supondo que "SIM" seja a resposta, as mentiras e a disseminação de inverdades são aceitáveis na construção de novas ideologias prejudiciais ao convívio pacífico de uma parcela considerável dos seres humanos desprotegidos economicamente?
3 - Neste caso, para onde irão os "direitos" dos menos educados, dos menos escolarizados e das minorias? Quem irá defende-los? Baseados e fundamentados em quais Leis? Nas leis redigidas pelos CONSERVADORES que não os reconhecem?