Busto de Aristóteles Texto: Juntamente com sócrates e Platão, Aristóteles foi um Filósofo Clássico

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SINOPSE

 

Política (em grego Πολιτικα, em latim Politica), é um texto do filósofo grego Aristóteles de Estagira. É composto por oito livros (I: 1252a - 1260b, II: 1261a - 1274b, III: 1275a - 1288b, IV: 1289a - 1301b, V: 1301b - 1316b, VI: 1317a - 1323a, VII: 1323b - 1337a, VIII: 1337b - 1342b) e não existem dúvidas acerca da autenticidade da obra. Acredita-se que as reflexões aristotélicas sobre a política originam-se da época em que ele era preceptor de Alexandre. Ao mesmo tempo, Aristóteles compôs para Alexandre duas obras de caráter político que se perderam: Os colonos e Sobre a monarquia.
Na filosofia aristotélica a política é a ciência que tem por objeto a felicidade humana e divide-se em ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na pólis) e na política propriamente dita (que se preocupa com a felicidade coletiva da pólis). O objetivo de Aristóteles com sua Política é justamente investigar as formas de governo e as instituições capazes de assegurar uma vida feliz ao cidadão. Por isso mesmo, a política situa-se no âmbito das ciências práticas, ou seja, as ciências que buscam o conhecimento como meio para ação.

Segundo o filósofo:

"Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem; se todas as comunidades visam a algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens; ela se chama cidade e é a comunidade política" (Pol., 1252a).

 

CRONOLOGIA DE ARISTÓTELES


387 a.C. - Platão funda a Academia em Atenas.

384 a.C. - Nasce Aristóteles em Estagira, na Calcídia, região dependente da Macedônia.

367 a.C. / 366 a.C. - Aristóteles chega a Atenas e ingressa na Academia platônica.

359 a.C. - Felipe inicia seu governo na Macedônia e, logo em seguida, invade a Grécia.

356 a.C. - Em Pela, capital da Macedônia, nasce Alexandre, filho de Felipe.

347 a.C. - Morte de Platão, Aristóteles deixa Atenas.

347 a.C. / 344 a.C. - Aristóteles permanece em Assos, na corte do tirano Hérmias, ex-integrante da Academia.

344 a.C. - Hérmias é assassinado. Aristóteles deixa Assos.

344 a.C. / 343 a.C. - Aristóteles permanece em Mitilene.

343 a.C. - A chamado de Felipe, Aristóteles vai para Pela e torna-se preceptor do jovem Alexandre.

338 a.C. - Os macedônios derrotam os gregos em Queronéia.

336 a.C. - Felipe é assassinado e Alexandre ascende ao trono da Macedônia.

335 a.C. - Aristóteles retorna a Atenas, onde funda o Liceu.

334 a.C. - Alexandre desembarca na Ásia Menor.

333 a.C. - Alexandre vence em Isso na Cicília, e entra na Fenícia.

332 a.C. - Alexandre cerca e conquista Tiro, depois o Egito.

326 a.C. / 325 a.C. - Incursão de Alexandre até as margens do Indo.

323 a.C. - Alexandre morre na Babilônia.

322 a.C. - Aristóteles morre em Cálcis, na Eubéia, ilha do mar Egeu.

in Aristóteles - Os pensadores

2000-Editora Nova Cultural Ltda.

ISBN 85-351-0706-1


 

Aristóteles nasceu em 384 a.C. em Estagira (Macedônia) e morreu no ano 322 a.C. em Cálcis (Eubéia). Aristóteles foi discípulo de Platão, mas seguiu o próprio caminho, com uma filosofia bem diferente do mestre. Quanto ao método de exposição da filosofia, enquanto Platão utilizara os diálogos, Aristóteles foi um sistematizador. Embora ele também tenha escrito diálogos, o que chegou até nós foi apenas uma parte das suas obras produzidas em forma descritiva e ordenada. Aristóteles sistematizou todo o conhecimento filosófico e científico produzido até sua época. Sua vida: Aristóteles foi preceptor de Alexandre Magno, na corte de Pela, e isso facilitou suas pesquisas pois, quando Alexandre expandiu o império Macedônico, o filósofo teve mais acesso às informações sobre formas de governo e sobre o mundo natural (do qual Aristóteles fez uma das primeiras classificações conhecidas). Quando Alexandre sobe ao trono na Macedônia, Aristóteles deixa a corte de Pela e volta para Atenas, onde funda sua própria escola de filosofia, próxima ao templo de Apolo Liceano (por isso passa a se chamar Liceu), seguindo uma orientação que rivaliza com a Academia de Platão que, nesse tempo, é dirigida por Xenócrates. A Academia era mais voltada para as Matemáticas e Filosofia, enquanto o Liceu se dedicava principalmente às Ciências Naturais. Sua principal Obra: Metafísica/Órganon: A obra de Aristóteles – corpus aristotelicum foi organizada por Andrônico de Rodes, que dirigiu o Liceu no século I a.C. Na sua Metafísica, Aristóteles ensina sobre o Ente, que é tudo aquilo que é, que tem Ser. É a noção mais abrangente de todas. Aristóteles cria a teoria das quatro causas do ser: material, formal, eficiente e final. Para Aristóteles, a permanência e o movimento necessitam dessa teoria para que possam ser explicados: a teoria das causas do Ser.
Há causas que são:
a) Intrínsecas (estáticas – explicam o ser)
1. Material: responde à pergunta do que é feita alguma coisa.
2. Formal: responde à pergunta como uma coisa é feita? É o ato ou perfeição pelo qual uma coisa é o que é. Pode-se chamar também de essência.
b) Extrínsecas (dinâmicas – explicam o vir a ser ou devir)
1. Eficiente: responde à pergunta quem fez? Trata-se do agente ou princípio do qual resulta a coisa.
2. Final: responde à pergunta para que é feita? Trata-se do objetivo que move o agente a atuar sobre tal coisa.
Por exemplo: uma mesa feita de madeira (causa material), com um lugar para colocar os livros (causa formal), feita pelo marceneiro (causa eficiente) para servir ao estudo dos alunos (causa final).
Inteligência Divina na filosofia de Aristóteles: atração do ser.
Para Aristóteles, há uma substância supra-sensível que é a Inteligência Divina (1º motor imóvel – ato puro) que pensa a si mesma e atua como Causa Final (por atração) e não como causa eficiente (pois, segundo ele, o Universo sempre teria existido).
Lema de Aristóteles: "O homem que não precisa da sociedade, ou é um Deus ou uma besta".

FONTE: http://pt.shvoong.com/humanities/793011-aristóteles

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Biografia
Aristóteles nasceu no ano de 385 a.C. em Estagiros, cidadezinha da Trácia fundada por colonos gregos no lugar onde hoje se situa Stavro, na costa setentrional do mar Egeu.
Era ainda muito jovem quando morreu seu pai, Nicômaco, médico bastante famoso, neto de Esculápio. Um amigo da família, Próxeno, que morava em Estagiros, se encarregou de sua educação.
Aos dezessete anos, foi para Atenas prosseguir seus estudos. Em 367, quando Platão retorna da Sicília e retoma seu magistério na Academia, Aristóteles aparece como um de seus alunos mais assíduos e se distingue por seu ardor e pela excepcional inteligência.
Depois de alguns anos de estudo, rompe subitamente com Platão, mas sem cessar de testemunhar-lhe respeito e continuando a conservar do mestre uma grata lembrança. Permanece, no entanto, em Atenas até 347; presume-se que teria fundado uma escola retórica que lhe valeu grande reputação.
De 347 a 342, Aristóteles deixa Atenas. Torna-se como que um embaixador oficioso junto a Filipe, que acaba de subir ao trono da Macedônia e é quase seu amigo. Mais tarde o encontramos junto com outros alunos de Platão, como Xenócrates, na Eólida, junto a Hérmias, tirano de Atárnea, que seguiu seus cursos em Atenas e está contente por tê-lo junto a si. Permanece na corte do tirano até a morte de Hérmias, que será estrangulado pelos persas.
Hérmias deixa uma filha e uma sobrinha. Aristóteles casa-se com a sobrinha. Não se sentindo em segurança em Atárnea, parte para Mitilene, onde permanece até 342.
Vai então à Macedônia, onde o chamava Filipe para lhe confiar a educação de seu filho Alexandre, de treze anos. O filósofo esforça-se por desenvolver nele as qualidades de moderação e de razão que lhe parecem essenciais para a conduta de um soberano. Alexandre sente por seu mestre um grande apego, que conservará até quando suceder a seu pai.
Todavia, Alexandre parte em conquista da Ásia em 335, e Aristóteles considera que seu papel terminou. Deixa Alexandre e retorna a Atenas.
O ensino de Platão na Academia tem seqüência com Xenócrates.
Aristóteles, então, abre uma escola perto do templo de Apolo Lício, donde o nome de escola do Liceu que lhe foi dado. Aristóteles expõe suas ideias enquanto passeia com seus discípulos, e é por isso que são chamados peripatéticos, do grego nFpínaTov, que significa " lugar de passeio".
O ensino de Aristóteles compreende duas séries de aulas: de manhã, trata das questões puramente teóricas, no ensino exotérico reservado aos iniciados.
À tarde, Aristóteles se dirige a um público mais amplo: as questões tratadas são mais acessíveis. A retórica ocupa um lugar importante; é o ensino exotérico. Durante doze anos, prossegue suas aulas, não sem publicar numerosas obras que abordam todos os domínios do saber humano.
Com a morte de Alexandre, em 323, os partidários da Macedônia vêem-se ameaçados de morte e de perda dos bens pelo partido nacional ateniense, dirigido por Demóstenes. Aristóteles, pró-macedônio, é acusado. Sem aguardar o julgamento que deve condená-lo, deixa Atenas e vai para Cálcis, na ilha de Eubéia.
Morre ali um ano depois, em 322, aos 63 anos. Deixa dois filhos, uma menina, Pítia, com o nome de sua mulher, e um menino, Nicômaco, com o nome de seu pai.
Diógenes Laércio conta que Aristóteles era um pouco gago, muito magro de pernas, tinha olhos pequenos e gostava de belas roupas. As gravuras mais antigas representam-no com uma longa barba ondulada, um nariz muito arqueado e um bigode pendente.

Local original do texto:

RECORTE do arquivo A Política - Aristóteles -.-www.LivrosGratis.net-.-.pdf


 

A concepção aristotélica de Física parte do movimento, elucidando-o nas análises dos conceitos de crescimento, alteração e mudança. A teoria do ato e potência, com implicações metafísicas, é o fundamento do sistema. Ato e potência relacionam-se com o movimento enquanto que a matéria e forma com a ausência de movimento.
Para Aristóteles, os objetos caíam para se localizarem corretamente de acordo com a natureza: o éter, acima de tudo; logo abaixo, o fogo; depois a água e, por último, a terra.
Aristóteles (384 – 322 a.C.), cuja influência ao longo da história ocidental seria notável.
Para Aristóteles, a Terra estaria imóvel, era esférica e se localizava no centro do universo; os movimentos celestiais dependiam de 55 esferas móveis.
O fato de a Terra ser esférica foi deduzido por ele em fatos como o desaparecimento dos navios no horizonte ou a alteração das estrelas quando alguém se movia para o norte ou para o sul.
Embora não conhecesse a experimentação sistemática, Aristóteles fez várias experiências e observações que aperfeiçoaram enormemente o conhecimento disponível na Antiguidade.
Sua visão de mundo foi assimilada em grande parte pelo Ocidente até o século XVII.
Para Aristóteles, utilizando uma ideia concebida no século V a.C., por Empédocles, os corpos eram formados por quatro elementos básicos: ar, terra, fogo e água. Esses elementos tinham propriedades como a ideia de a Terra ser absolutamente pesada e o fogo absolutamente leve; ar e água ocupavam posições intermediárias.
O lugar natural do elemento terra era o centro da Terra, por sua vez o centro geométrico do universo.
Dessa forma, o movimento natural das substâncias terrestres era cair diretamente para o centro da Terra, dado o seu peso, assim como o movimento natural do fogo era subir para seu lugar natural no céu.
O lugar natural da água era acima da terra; o do ar, acima da água, mas abaixo do fogo. A posição natural dos corpos pesados era o centro do universo, que se localizava no centro da Terra.
Evidentemente, Aristóteles não tinha conhecimento da noção de gravidade quando expunha essas ideias, mas amarrava de forma bastante lógica observações disponíveis.
Para Aristóteles, a Terra é um mundo imperfeito, corruptível e sujeito a contínuas e profundas modificações. E mais, tudo tem um propósito intrínseco, ou seja, um menino cresce por que esse é seu propósito, da mesma forma que uma pedra cai porque a Terra é seu lugar natural, é lá que deve permanecer, fixa no centro do Universo.
O céu, por outro lado, é o lugar da perfeição, diante da harmonia que Aristóteles podia perceber. A diferenciação entre Céu e Terra também exigia que esses dois mundos fossem feitos de materiais diferentes. A Terra era composta pelos quatro elementos de Empédocles, mas o Céu, perfeito, era composto pelo quinto elemento, puro, inalterável, transparente e sem peso, chamado éter.

Local original do texto:

http://pt.shvoong.com/books/biography/1968140-aristoteles/

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Palavras chave: "Aristóteles, Aristóteles de Estagira, preceptor de alexandre, centro do universo, política, comunidade política, felicidade humana, ética, essência, elementos, éter, retórica, motor imóvel, o movimento natural, causa, universo, quatro elementos, academia, formas de governo"

 

FILÓSOFO E CIENTISTA

Querida Sofia! Certamente você ficou impressionada com a teoria das ideias, de Platão. E você não é a primeira. Não sei se você aceitou tudo sem maiores problemas, ou se tem algum comentário critico a fazer. Mas se você fez criticas á teoria de Platão, saiba que estas mesmas críticas já foram feitas por Aristóteles (384-322 aC.). Durante vinte anos ele foi aluno da Academia de Platão.
Aristóteles não nasceu em Atenas. Ele era natural da Macedônia e veio para a Academia quando Platão tinha sessenta e um anos. Seu pai era um médico de renome; um cientista da natureza, portanto. Este pano de fundo já diz alguma coisa sobre o projeto filosófico de Aristóteles. Seu maior interesse estava justamente na natureza viva. Ele não foi apenas o ultimo grande filósofo grego foi também o primeiro grande biólogo da Europa.
Exagerando um pouco, podemos dizer que Platão estava mergulhado nas formas eternas, no mundo das "ideias", que não registrou as mudanças da natureza. Aristóteles, ao contrário, interessava-se justamente pelas mudanças, por aquilo que hoje chamamos de processos naturais.
Exagerando mais ainda, podemos dizer que Platão se apartou do mundo dos sentidos e que só percebia muito superficialmente tudo aquilo que vemos ao nosso redor. (É que ele queria escapar da caverna para espiar o eterno mundo das ideias!) Aristóteles fez exatamente o contrário: ele saiu ao encontro da natureza e estudou peixes e rãs, anêmonas e papoulas.
Você bem poderia dizer que enquanto Platão usou apenas razão, Aristóteles - ao contrario - usou também seus sentidos.
Mas há nítidas diferenças entre eles, até mesmo na forma de escrever. Enquanto Platão era poeta e criador de mitos, os escritos de Aristóteles são sóbrios e pormenorizados como os verbete uma enciclopédia. Em compensação, muito do que ele escreveu estava baseado em estudos naturais realizados com extrema diligencia.
Registros da Antiguidade dão conta de não menos que cento e setenta títulos assinados por Aristóteles. Destes, quarenta e sete chegaram ate nossos dias. Não se tratava de livros completos. A maior parte dos escritos de Aristóteles compõe-se de apontamentos feitos para suas aulas. Também na época de Aristóteles, a filosofia era essencialmente uma atividade oral.
A importância de Aristóteles para a cultura européia esta também no fato de ele ter criado uma linguagem técnica usada ainda hoje pelas mais diversas ciências. Ele foi o grande sistematizador, o homem que fundou e ordenou as várias ciências.
Como Aristóteles escreveu sobre todas as ciências, vou me limitar a tratar aqui sobre algumas das áreas mais importantes.
E como me detive tanto em Platão, quero falar a você primeiramente sobre os argumentos de Aristóteles contra a teoria das ideias de Platão. Na seqüência, veremos como ele formulou sua própria filosofia natural. Afinal, Aristóteles resumiu o que os filósofos naturais haviam dito antes dele.
Veremos também como ele tenta colocar ordem em nossos conceitos e funda a lógica como ciência. Por fim, vou falar um pouco sobre a visão que Aristóteles tinha do homem e da sociedade.
Se você aceita este roteiro, então só nos resta arregaçar as mangas e começar.

  

  in O Mundo de Sofia
  Autor: Jostein Gaarder
  Tradução de João Azenha Jr.
  ISBN 85-7164-475-6

  

  Cia. Das Letras - 25ª reimpressão - páginas 121 e 122
  Livro: O Mundo de Sofia (Romance da história da filosofia)
  Cia. Das Letras - 25ª reimpressão
  Autor: Jostein Gaarder Tradução: João Azenha Jr. Capítulo: Décimo Primeiro