AYN RAND
“Quando você perceber que, para produzir,
precisa obter a autorização de quem não produz nada;
quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia
não com bens, mas com favores;
quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno
e por influência, mais que pelo trabalho,
e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário,
são eles que estão protegidos de você;
quando perceber que a corrupção é recompensada,
e a honestidade se converte em auto-sacrifício;
então poderá afirmar, sem temor de errar,
QUE SUA SOCIEDADE ESTÁ CONDENADA”.
Ayn Rand- judia, fugitiva da revolução russa - Filósofa Russo-Americana.
ID-0037
Logo no início de sua vida Alissa Rosenbaum (este é o verdadeiro nome de Ayn Rand) mostrou-se ser audaciosa demais quando comparada a homens e mulheres de sua época. Any Rand era independente demais para os comunistas da época e inteligente demais para um ser humano de qualquer período histórico. Ayn concebia o egoísmo como a única forma não hipócrita de comportamento e portanto o valor final no qual deveria estar baseada toda a moral:
Ayn Rand nasceu no dia 2 de Fevereiro de 1905 em São Petersburgo, Rússia. Aos doze anos a pequena Alissa, já havia escrito várias histórias (em geral durante as aulas maçantes de história) e decidido que seria uma escritora. Ayn tinha a ânsia criadora típica de um demiurgo[ 1 ] e desejava criar histórias, pessoas e acontecimentos infinitamente mais interessantes do que aqueles que ela confrontava em sua vida diária.
Este pequeno detalhe de sua infância já mostrava o desejo inerente em sua personalidade de superar a realidade por meio da criação humana. E de fato, passados os anos, todos os quatro romances da autora despontam entre as 10 melhores ficções escritas no século XX.
Sua visão individualista da história e da humanidade era aritmeticamente oposta aos ideais que motivavam a Revolução Russa que explodiu em 1917 quando ela tinha apenas doze anos. Em sua opinião a ideologia comunista, especialmente quanto a centralização diretiva do Estado, roubava-lhe direito de definir sua própria vida e de viver para si. Ela acreditava que essa ideologia era voltada para destruir o indivíduo inteligente, transformando indivíduos pensantes em abelhas operárias. A formação da União Soviética e diversos regimes autoritários posteriores comprovaram as teses de Rand.
Em plena revolução Russa, às vésperas de todo o poderio que foi a União Soviética, Rand não tinha medo de se arriscar em defender ideais de livre iniciativa e propriedade privada. No entanto, a luta de Rand nunca foi pelo sistema capitalista em si, mas sim pelo modo racional de se pensar:
É graças a seu racionalismo irretocável que Any Rand, chegará a todas as suas conclusões e é também graças a sua forma clara de pensar que ela ganhou tantos inimigos e é por isso que desponta entre as personalidades mais evitadas pelos pensadores do início do século XX.
Suas ideias deram origem a uma linha de pensamento conhecida como Objetivismo e como o satanismo este movimento é baseado no Individualismo, no egoísmo e no uso da razão em prol da vitalidade humana. Sendo assim seu primeiro trabalho foi desconstruir as bases dos valores morais vigentes da irracionalidade do altruísmo e do auto sacrifício:
Ayn Rand entende que é o indivíduo e não a sociedade que deve ser a base de qualquer consideração moral, porque a razão é uma característica do indivíduo, e não da sociedade, e é através da razão que pode-se definir um código de valores útil e coerente para guiar o comportamento:
Rand é, portanto uma das pioneiras em minar as bases de uma antiga moralidade judaica/cristã de modo tão claro e racional. Sua preocupação, no entanto não é simplesmente destruir conceitos estabelecidos, mas substitui-los por modelos mais racionais e proveitosos para a natureza humana. Em suas obras, Rand defende brilhantemente que o egoísmo é o mais racional e proveitoso de todos os sistemas morais e que deve portanto ser a base de toda a virtude:
Assim Rand nos confronta com a mais básica decisão de todo o organismo vivo e criatura humana: “Quero viver?”. Se sim, então a razão humana deverá o guiar numa ética racional e consequentemente egoísta que lhe dirá que princípios de ação são necessários para implementar sua escolha. A liberdade é claro prevalece, mas se o individuo não escolher agir egoisticamente, então o fará em próprio prejuízo, como mostra a citação que fecha e conclui o nosso ensaio:
Local original do artigo:
http://www.mortesubita.org/biografias/biografia/ayn-rand
Capturado há muito tempo, no ano de 2010 aproximadamente.
[ 1 ] - DICIONÁRIO:
Demiurgo
ADJETIVO
A - que possui poderes divinos semelhantes aos do demiurgo "gê demiurgo"
Filosofia
B - segundo o filósofo grego Platão (428-348 a.C.), o artesão divino ou o princípio organizador do universo que, sem criar de fato a realidade, modela e organiza a matéria caótica preexistente através da imitação de modelos eternos e perfeitos
Religião
C - em seitas cristãs de inspiração platônica e no gnosticismo, o ser intermediário de Deus na criação do mundo, responsável pelo mal que não poderia ser atribuído ao Criador supremo
Mais defições e origem da palavra:
D - qualquer divindade
"com o progresso da ciência, o homem abandonou a crença em demiurgos"
E - figurado
criador de qualquer obra grandiosa ou de importância "um demiurgo da arte"
ORIGEM
(1873) fr. démiurge (demiourgon) < lat. demiurgus,i, emprt. ao gr. dēmiourgós,ou 'artista, médico, artesão'