Rosa Luxemburgo
Rosa Luxemburgo (nascida Rozalia Luksenburg; em polonês, Róża Luksemburg) foi uma filósofa e economista marxista polaco-alemã. Tornou-se mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Social-Democracia da Polônia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Nascimento: 5 de março de 1871 em Zamość, na Polônia
Falecimento: 15 de janeiro de 1919 em Berlim
Ocupação: filósofa e economista marxista
Rosa Luxemburgo
Marxista polonesa
Por Dilva Frazão - Biblioteconomista e professora
Biografia de Rosa Luxemburgo
Rosa Luxemburgo (1871-1919) foi uma revolucionária e teórica marxista polonesa, naturalizada alemã. Tornou-se uma destacada dirigente do movimento comunista internacional.
Rosa Luxemburgo nasceu em Zamosc, Polônia, região então pertencente ao Império Russo, no dia 5 de março de 1871. Filha de uma abastada família de comerciantes judeus poloneses.
Rosa cresceu em uma época em que a Polônia era dominada pela Rússia czarista e logo cedo foi atraída pelas lutas estudantis contra o regime repressivo mantido nas escolas e se engajou em movimentos contestatórios e revolucionários contra a opressão e pelo socialismo.
Com 19 anos, após uma greve geral fugiu da perseguição política e se viu obrigada a deixar a Polônia e se refugiou em Zurique, na Suíça. Ingressou na Universidade de Ciências Aplicadas, onde estudou Direito e Ciência Política.
Em 1894, junto com seu companheiro o socialista lituano Leo Jogiches, fundou o Partido Social Democrata da Polônia (SDKP). Em 1897 defendeu sua tese de doutorado intitulada “O Desenvolvimento Industrial da Polônia”.
Apoio às reformas
Em 1898 Rosa mudou-se para a Alemanha, o centro de luta de classes da época. Instalada em Berlim passou a militar no Partido Social Democrata Alemão (SPD). Nesse mesmo ano se casa com Gustav Lübeck para obter a cidadania alemã.
Em 1899, Rosa publica sua primeira obra, “Reforma Social ou Revolução?” um ensaio onde critica aqueles que esperam alcançar o socialismo por meio de iniciativas institucionais e pacíficas.
Embora apoiasse o reformismo como um meio, acreditava que o objetivo final só seria conseguido com a revolução. Em 1902, Rosa se divorcia de Lubeck. A fracassada revolução russa de 1905 fez nascer em muitos a esperança de que dos países do leste europeu partiria a centelha da revolução mundial.
De volta a Varsóvia, Rosa foi presa e durante três meses esteve ameaçada de morte. Ao retornar à Alemanha, começa a defender a teoria de greve das massas como instrumento de luta revolucionária.
Publica “Greve Geral, Partido e Sindicato” (1906), em que acentuou a importância da condução partidária e da iniciativa revolucionária do proletariado.
Com o início da Primeira Guerra, declara-se contra o conflito durante um congresso do Partido Socialista.
A crise gerada pela Guerra facilitou a difusão dos ideais socialistas entre o proletariado urbano. Os sindicatos, que estavam ligados ao “Partido Social Democrata”, se fortaleciam e as posições politicas no país se radicalizavam.
Em 1913 publica sua obra mais importante “A Acumulação do Capital”, onde analisou as contradições do capitalismo imperialista, em função das quais estes não tem como gerar por si só as condições necessárias a seu desenvolvimento.
Partido Comunista Alemão
Em 1916, socialistas mais radicais, liderados por Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo, formaram o grupo Spartacus – que deu origem ao “Partido Comunista Alemão”.
Ainda em 1916, Rosa de Luxemburgo expôs na obra “A Crise da Social Democracia”, as bases teóricas da Liga Espartaquista.
Rosa apoiou a Revolução de 1917, mas logo depois se opôs à forma como foi levada à frente. Entrou em choque com Lênin, tornando-se uma severa crítica do Bolchevismo. Sua oposição à guerra valeu-lhe o cárcere.
Libertada em novembro de 1918, em dezembro, Liebknecht e Rosa Luxembrugo fundam o “Partido Comunista Alemão” e lideraram um levante armado contra o governo. Os Epartaquistas tomaram Berlim, com a ajuda de soldados e marinheiros amotinados.
Em consequência da repressão que se seguiu à insurreição espartaquista, que ela mesma considerou prematura, Rosa Luxemburgo foi presa. Semas depois deixou a prisão, mas foi sequestrada, torturada e fuzilada por radicais de extrema direita.
Rosa Luxemburgo faleceu em Berlim, Alemanha, no dia 15 de janeiro de 1919.
O feminismo de Rosa de Luxemburgo
Rosa viveu em uma época em que as mulheres eram reprimidas, estudou na Universidade de Zurique, uma das poucas que aceitava mulheres.
Ativista, lutou por todas as minorias e os oprimidos – trabalhadores e mulheres especialmente, mas também por negros e judeus, sendo ela mesma uma judia.
Rosa Luxemburgo
Rosa acreditava que a mulher só alcançaria a completa libertação através de uma ampla e profunda revolução social.
Ela queria estar sempre na linha de frente dos partidos políticos, não aceitava trabalhar nos bastidores. Gostava de discursar para grandes grupos e fazia isso durante horas, falando de coisas que a inspiravam.
Rosa de Luxemburgo era uma visionária, uma mulher que estava à frente de seu tempo.
Frases de Rosa Luxemburgo
- Liberdade somente para os partidários do governo não é liberdade. Liberdade é sempre liberdade daquele que pensa de modo diferente.
- Liberdade não é um artigo de luxo, um bem etéreo, desconectado da economia. Liberdade funciona, pois a criatividade é filha da crítica.
- A massa não é apenas objeto da ação revolucionária, é sobretudo sujeito.
- Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.
FONTE:
Local original do texto: https://www.ebiografia.com/rosa_luxemburgo
Capturado em 10/09/2022.