Xenócrates
Filósofo platônico e doutrinador
(396 a.C. – 314 a.C.)
Filósofo grego. Nascido na Calcedônia, Xenócrates tornou-se discípulo de Platão, a quem acompanhou à Sicília, sucedendo Speusipo, após o suicídio deste, na direção da Academia
Ali, sofreu influências de Pitágoras, mas esforçou-se para conciliá-las aos ensinamentos de seu mestre.
Escreveu "O tratado da morte" e, aos 86 anos, para se manter coerente com suas ideias, suicidou-se, ingerindo veneno.
Xenócrates fêz a divisão da filosofia em tres partes: física, ética e lógica. Influenciou a filosofia helenística.
Xenócrates da Calcedônia
Filósofo platônico e doutrinador grego, natural de Calcedônia, hoje Kadiköy, próximo a Istambul, Bitínia, hoje Turquia, criador da doutrina dos indivisíveis, teoria do infinitésimo fixo de comprimento, área ou volume, defendida para resolver os paradoxos, como o de Zenão, que atormentavam matemáticos e filósofos da época. Entrou para a Academia (376 a. C) e, tornando-se discípulo de Platão, o acompanhou a Siracusa após a morte de Dionísio I.
Com Aristóteles deixou Atenas (347 a. C) convidados para ir para Assos, após a morte de Platão, e lá permaneceu por cinco anos.
Neste período a academia estava sob o comando de Speusippus, sobrinho de Platão. Voltou a Atenas (340 a. C) para assumir a direção da Academia, como candidato em vida do próprio Speusippus. Após a morte desse e numa disputa eletiva com Menedemus de Pirra e Heraclides Ponticus, foi eleito por poucos votos de maioria para o posto (338 a. C.), permanecendo no posto até quando morreu, em Atenas.
Embora tenha vivido muitos anos em Atenas, por razões políticas, principalmente a forte relação do estado ateniense com a Macedônia, não aceitou a cidadania local, o que demonstra ser a Academia fortemente envolvida com os assuntos políticos do dia a dia, comportamento discutível para uma instituição centralizadora do saber de então.
Escreveu sobre filosofia e matemática e, embora todos os seus livros tenham desaparecido, Diogenes Laertius citou dois deles: Em números e A teoria dos números.
Plutarco escreveu sobre sua tentativa de calcular o número de sílabas possíveis de serem feitas com as letras do alfabeto, tendo obtido o número 1.002.000.000.000 (um trilhão) de sílabas, o que seria uma das mais antigas soluções por análise combinatória empregando permutação, ou seja, a formulação de um dos primeiros problemas de análise combinatória: computando o número de sílabas que poderiam ser construídas com as letras do alfabeto.
Acreditava que a matéria era composta de indivisíveis unidades, portanto defensor da antiga teoria atômica e, como Pitágoras, pregava a importância dos números na filosofia.
Cria (Acreditava) que o homem tinha uma tripla existência: mente, corpo e alma, embora não se tenha registros que tenha escrito sobre essa crença.
Também acreditava misticamente que as pessoas morriam duas vezes: uma primeira vez na Terra e uma segunda na Lua, quando a mente se separava da alma e viajava para o Sol.
Fonte:
http://biografias.netsaber.com.br/biografia-1630/biografia-de-xenocrates-da-calcedonia
Texto originalmente publicado em biografias.netsaber.com.br
Capturado em 28/10/2022